Nova tempestade de poeira atinge ao menos 11 cidades do interior de SP

Uma nova tempestade de poeira atingiu pelo menos 11 cidades do interior de São Paulo na tarde desta quinta-feira (14). É a quarta vez que o fenômeno climático é registrado em menos de três semanas no estado. A tempestade foi registrada, em graus diferentes, em Ribeirão Preto, Barretos, Batatais, Pirassununga, São Joaquim da Barra, Pitangueiras, Sertãozinho, Serrana, Brodowski, Jardinópolis e Colômbia.

Enquanto em Ribeirão o paredão de poeira que se formou era alto e denso, em outros locais, como Batatais, ele era mais baixo. Não há, até o momento, informação sobre feridos em decorrência da tempestade. O primeiro registro recente da tempestade de poeira foi em 26 de setembro e atingiu principalmente Franca (a 400 km de São Paulo). Cinco dias depois, o oeste paulista teve tempestades do tipo em cidades como Presidente Prudente e Junqueirópolis. Seis pessoas morreram.

No último dia 3, a nuvem de poeira foi registrada em Catanduva e durou cerca de 20 minutos, segundo o Corpo de Bombeiros. O fenômeno é conhecido pelo nome haboob, ou habub, e não é tão incomum. Segundo meteorologistas, costuma ser registrado em áreas secas e com baixa umidade. O interior de São Paulo vive uma de suas mais severas crises hídricas, com racionamento de água em mais de uma dezena de cidades.

O haboob se forma a partir de uma tempestade comum de chuva e vento e ocorre quando o ar frio desce em direção ao solo, gerando rajadas de vento em altas velocidades que empurram o ar para baixo e radialmente. Assim, levantam a poeira do chão. E arrastaram até um avião parado no aeroporto de Ribeirão.

Os paredões de poeira que se formam podem ter milhares de metros de altura e até 160 quilômetros de largura e são registrados principalmente em períodos pré-tempestade. Foi o que ocorreu nesta quinta-feira. A tempestade de poeira foi seguida por uma forte chuva que provocou uma série de estragos em Ribeirão Preto.

Os fortes ventos, com raios e chuva forte, provocaram falta de energia em vários pontos da cidade, de acordo com a concessionária CPFL. Bairros da zona sul da cidade estão sem energia. Moradora do bairro Alto da Boa Vista, em Ribeirão, a designer Maria Carolina Alves disse que a poeira chegou rapidamente, como já tinha ocorrido em 26 de setembro, mas com menor intensidade que a tempestade inicial.

“É muita terra que vem de uma vez, corremos para fechar as janelas de casa. E depois veio a chuva”, disse. Estão sendo priorizadas, segundo a CPFL, ocorrências que atendem clientes essenciais, como saúde, segurança e abastecimento de água.

Folhapress 

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